Depois de assistir “Freelance”, de repente senti admiração pelo trabalho freelance
O filme se chama “Freelance”. No início, pensei que fosse um curta-metragem realista sobre as lutas dos trabalhadores modernos. Mas quem diria que isso transformaria o ato de “editar vídeos” no prólogo da entrada do inferno.
O filme conta a história de uma editora de vídeo freelancer chamada Katie, que está com dificuldades financeiras, endividada com o proprietário e cuja vida é precária, até que um dia ela recebe um misterioso trabalho de edição de vídeo. A outra parte não deixa seu nome, apenas oferece um preço alto.
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A primeira metade do filme tem um ritmo lento, mas a sensação de opressão vai se acumulando aos poucos, como se a ansiedade de inúmeros trabalhadores independentes estivesse concentrada no apartamento de uma garotinha, fazendo com que o público caísse no vórtice de “aceitar o emprego errado” passo a passo. À medida que a edição muda de estranha para sangrenta, de arte para banho de sangue, seu coração começa a esquentar, bater e até mesmo quebrar como seu disco rígido.
“Freelance” é o pesadelo mais realista das pessoas modernas
Katie não editou esses vídeos por curiosidade, ela só precisava do dinheiro. E esse é o ponto mais cruel do “Freelance”. Isso torna impossível para você racionalizar a experiência do protagonista dizendo “a curiosidade mata o gato”.
Ela só queria pagar o aluguel, só queria fazer uma refeição quente e só queria fazer um trabalho de edição que cansasse mais a vista do que editar vlogs de cachorros, mas que pagasse mais. O resultado são pesadelos, realidade distorcida e tudo ao seu redor começando a desmoronar. O gato dela pegou uma doença estranha, barulhos estranhos saíam da casa, a tela exibia imagens automaticamente e até mesmo seu corpo começou a apresentar sintomas estranhos.
“Freelance” não acumula terror com thrillers violentos, mas usa o próprio “trabalho de edição” como uma extensão da malícia, começando pelos seus olhos, dedos, disco rígido, sono e animais de estimação, corroendo sua vida passo a passo. Você até se pergunta se está recebendo algum tipo de poluição de dados que não pode ser apagada enquanto assiste ao filme.
“Isso deve ser falso” – O que assusta não é o filme, mas a sua autolavagem cerebral
O ponto mais discutível do filme é quando Katie está editando o primeiro vídeo de “possível cena de assassinato”. Ela se sentiu mal ao se convencer de que isso não era verdade: “efeitos especiais”, “atores”, “filme B”, “para arte”, “todos bem atuados”, cada fala era como uma réplica das desculpas que damos em nossas vidas.
O público fica cada vez mais inquieto à medida que assiste, porque você sabe que ela não é estúpida, mas como a realidade é muito amarga, ela tem que se forçar a acreditar se é verdade ou não. O verdadeiro horror de “Freelance” não são as cenas sangrentas, mas o fato de você ver uma pessoa se acostumar com a crueldade, aceitar a violência, ceder à escuridão passo a passo e então afundar pouco a pouco.
Freelance é um espelho que reflete todos nós que racionalizamos comportamentos imoral para sobreviver, e Katie vai além.
Freelance é mais do que apenas um thriller
Não subestime o cenário deste filme. Ela abrange quase todas as dificuldades enfrentadas pelos jovens na vida moderna: aluguel alto, renda baixa, ausência de previdência social, estar sozinho na cidade, falta de conexão, sobrecarga de informações, controle de plataformas, revisão algorítmica, tarefas anônimas, fundos de origem pouco clara… Toda pressão real encontra uma “versão sombria” na narrativa de “Freelance”.

Até mesmo a plataforma onde você recebe pedidos, a maneira como você se comunica com os clientes, o processo de transferência e os requisitos de trabalho são assustadoramente reais. É como uma carta escrita para um grupo de “editores + trabalhadores + jovens solitários”, mas que de repente terminou em sangue no meio do caminho.
“Freelance” tem um estilo visual deprimente e sombrio, mas quanto mais você assiste, mais viciante ele se torna, porque ele toca com precisão na frequência desconfortável da vida atual.
O dilema final do “Freelance” é desesperador
Quando Katie finalmente decidiu largar esse emprego de “edição bem remunerada”, ela pensou que poderia simplesmente ir embora, mas foi nessa época que “Freelance” realmente revelou seu “medo de contrato”. Esse cliente anônimo nunca apareceu, mas estava em todo lugar; Katie nunca assinou, mas seu destino estava selado.
Ela descobriu que não conseguia mais sair do sistema, não conseguia mais formatar o disco rígido e não conseguia mais quebrar a corrente invisível. Ela até percebeu que não era mais a editora, mas o próprio material.
“Freelance” não explica a verdadeira identidade do “mentor”, e essa lacuna é ainda mais assustadora – porque esse é o verdadeiro retrato da moderna sociedade da informação: não sabemos quem está nos observando, quando essa “transação de dados” começará e não sabemos quando nos tornaremos material de outra pessoa.
O final de Freelance é mais frio que o próprio filme
No final do vídeo, Katie sentou-se em frente ao computador, sem expressão, e continuou a editar outro filme. Não há redenção, nem reversão, nem plano de fuga bem-sucedido, apenas um “colapso silencioso” que deixa as pessoas sem fôlego.
Seus olhos estavam vazios e sua expressão era como uma máquina executando comandos. Não sabemos se ela foi “enegrecida” ou controlada pelo sistema, só sabemos que ela não escapará novamente. O final de “Freelance” não é um clímax, mas uma morte lenta que faz com que você não ouse se mover por um longo tempo depois de assisti-lo.

Se no começo Katie ainda estava lutando para ser freelancer, no final ela se tornou uma ferramenta a ser explorada. E talvez seja isso que o filme mais queira dizer: “Quando você vende moralidade em troca de sobrevivência, você não ganhará liberdade, você apenas se tornará material de edição de outra pessoa.”